sábado, julho 08, 2017

escrevo quando o corpo já não consegue gestuar, quando a boca não elabora entonação específica, quando a mística me mostra a mágica disso que me toma e me transpassa e vezenquando atropela. escrevo quando acho que assimilei esse tudo todo imenso tanto muito denso solto bagunçado organizado misturado, escrevo quando o pensamento se mostra enigmático e desorganizado. escrevo quando eu em mim, não me suporto. quando tantas ou mesmo tantos exalam de dentro pra fora, quando nem sempre estou ancorada nisso que sustenta a pele, nisso que apelidamos esqueleto e dele pra tudo tantos desdobramentos, escrevo quando não sei. quando sei mais que tudo, quando as certezas só querem sair pra virarem denovo incertezas, quando penso nesse você que sou eu denovo, você extensão de mim e do mais que está, do mais que só é. escrevo quando poesia e quando prosa mais ainda, quando música e enquanto dedos transportam contração relaxamento expansão retração elaboração canção quando sim e principalmente,escrevo quando não.

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