quarta-feira, janeiro 06, 2010

Vou mostrando como sou
E vou sendo como posso,
Jogando meu corpo no mundo,
Andando por todos os cantos
E pela lei natural dos encontros
Eu deixo e recebo um tanto
E passo aos olhos nus
Ou vestidos de lunetas,
Passado, presente,
Participo sendo o mistério do planeta
O tríplice mistério do "stop"
Que eu passo por e sendo ele
No que fica em cada um,
No que sigo o meu caminho
E no ar que fez e assistiu
Abra um parênteses, não esqueça
Que independente disso
Eu não passo de um malandro,
De um moleque do brasil
Que peço e dou esmolas,
Mas ando e penso sempre com mais de um,
Por isso ninguém vê minha sacola

segunda-feira, janeiro 04, 2010

"Absurdo,Rute,existires junto a mim, eu junto à empresa,a empresa no mundo,o mundo nesse todo,um espaço de buracos negros e redondos corpos,cintilâncias,negruras,uma extra-sístole outra vez e cada vez que me repenso e sempre que sofro sedução e emigro,disso sim eu gosto, de ser tomado, de ser seduzido como estou sendo agora pela vida. SEDUÇÃO. Imagine,arranco neste instante,olha como espeta a mão. Se eu falasse com a voz do mundo como falaria? Se eu falasse com a voz dos ancestrais,sangue,o sêmen do mundo em mim, a refulgência de uma nova voz? Noz vivosa na laringe de Tadeu,pomo de Adão enriquecido de contorsões e nódulos: nós,os daqui,os do outro lado,dimensão que não vês,te olhamos,Tadeu,duro arrebato:que sim. Te foi dado caminhar a razão,então caminha. Que sim. O reluzente da vida,o casco da tua barca,matéria arcoirizada,é que empresta qualidade às águas. Que sim..."