eu vou fazer assim:
eu acordo cedo
antes de todo mundo
gosto porque ainda é silêncio
e ninguém perambula
pela casa.
aí eu passeio lentamente até todos os espaços
tudo isso com o pensamento
molho as plantas, cheiro as flores, agradeço porque ainda não é sol
porque tem esse frio fresco de pós madruga
aconchego no silêncio disso tudo.
eu faço assim:
eu rezo baixinho e agradeço e peço mais. e prometo fazer minha parte.
aí eu decido não ficar louca. observo o que circula no meu sangue relacionado aos sentimentos,
vejo as últimas chamadas, não suspiro mas vasculho.
os vínculos vão sendo formados e desformados,
tipo costura quando desfia
a gente forma as roupas da vida
e depois elas dissipam igual os sentimentos, as vivências, as ações
então eu firmo: amor é quando o corpo fica simples.
-.frases do nada, domingo depois da manhã, tpm e barriga cheia, serenidade suavidade frescor.-
domingo, novembro 23, 2014
terça-feira, novembro 04, 2014
Gosto de ler poesia nas rodoviárias do mundo
nas estações de trem
nos aeroportos
gosto de sentir meu estômago formigando quando penso em você
gosto de acreditar nos afetos
aconchegar-me no romantismo
gosto de viver desse meu jeito
oscilando porque não tem outro jeito
gosto que você nem sabe e bem sabe
me acha bonita acredita no futuro acredita no amor acredita nos afetos acredita em nós dois
gosto de me alimentar de falsas promessas
pra alimentar também meu formigamento no estômago
neste momento minto pro mundo
só pra viver três dias inteiros
acreditando que alimentar a alma e alimentar o estômago de sensações,
é aventurar-se.
01/05/2014 - R.
nas estações de trem
nos aeroportos
gosto de sentir meu estômago formigando quando penso em você
gosto de acreditar nos afetos
aconchegar-me no romantismo
gosto de viver desse meu jeito
oscilando porque não tem outro jeito
gosto que você nem sabe e bem sabe
me acha bonita acredita no futuro acredita no amor acredita nos afetos acredita em nós dois
gosto de me alimentar de falsas promessas
pra alimentar também meu formigamento no estômago
neste momento minto pro mundo
só pra viver três dias inteiros
acreditando que alimentar a alma e alimentar o estômago de sensações,
é aventurar-se.
01/05/2014 - R.
segunda-feira, maio 26, 2014
maio de 2014 - Uberlândia. (devaneios e lembranças
Ele não sabe nada sobre subjetividades,
Eu não sei ensinar subjetividades.
Ele não entende o significado de mergulho metaforicamente,
Eu não sei falar de amor sem metáforas.
Nós dois juntos é um lance louco,
Ainda bem que aprendi tudo sobre o efêmero)
Ele não sabe nada sobre subjetividades,
Eu não sei ensinar subjetividades.
Ele não entende o significado de mergulho metaforicamente,
Eu não sei falar de amor sem metáforas.
Nós dois juntos é um lance louco,
Ainda bem que aprendi tudo sobre o efêmero)
18/05/2014 (devaneios e lembranças
Brasília tem um céu predominantemente vasto, de tarde tudo é colorido pelo espetáculo pôr-do-sol. Brasília carrega uma parada que diz quase tudo sobre espaços abertos. Minha mente quer desconhecer o invisível,meu corpo não permite. Clandestinidade é o tempero para toda e qualquer experiência.
Nós dois juntos é uma parada mística.
Brasília tem um céu predominantemente vasto, de tarde tudo é colorido pelo espetáculo pôr-do-sol. Brasília carrega uma parada que diz quase tudo sobre espaços abertos. Minha mente quer desconhecer o invisível,meu corpo não permite. Clandestinidade é o tempero para toda e qualquer experiência.
Nós dois juntos é uma parada mística.
14/05/2014 São Paulo
São 12:11 e estou na varanda.
Mais cedo limpando a cafeteira pensei em Thiago,
penso agora na Bahia e no sol de 12:12 em pleno deserto de areia,minha pele prefere grutas.
Jogo a borra de café no lixo como descarto relacionamentos.)
Eu penso que ela está ansiosamente apegada à futilidades. Olho no espelho. Não tenho mais tempo/o tempo me diz/para me apegar às pequenas-grandes coisas. O que seria então o resto?
São 12:11 e estou na varanda.
Mais cedo limpando a cafeteira pensei em Thiago,
penso agora na Bahia e no sol de 12:12 em pleno deserto de areia,minha pele prefere grutas.
Jogo a borra de café no lixo como descarto relacionamentos.)
Eu penso que ela está ansiosamente apegada à futilidades. Olho no espelho. Não tenho mais tempo/o tempo me diz/para me apegar às pequenas-grandes coisas. O que seria então o resto?
sexta-feira, abril 25, 2014
não há na vida coisas básicas
leveza é conquista
europa são paulo minas gerais de norte à sul bahia inteira intensa minas gerais são paulo minas gerais
vocês precisam compreender
que eu não tenho escolhido estar tão geograficamente presente em múltiplos lugares
que eu escolhi estar geograficamente em contato com tantas múltiplas personalidades
que eu escolho aceitar o labiríntico destino
tomei minhas asas invisíveis e tenho então me soltado neste mar/mundo
observando paisagens,
observando pessoas
observando comportamentos,
observando profundamente a mim mesma e as minhas passagens paisagens pessoas comportamentos,
todas essas eus dentro de mim que tem todos esses eus dentro de nós todas eu mesma
que é mineira europeia bahiana paulistana denovo mineira porque mineira sempre
porque mundana sempre, porque escolho aceitar os imprevistos,
porque tenho aceitado com toda a minha energia aceitar verdadeiramente todos os imprevistos,
porque é disso feita a nossa trajetória que apelidamos vida
porque não mandamos neste deus chamado destino
e apenas somamos como personagens.
amarguei o amor faz um tempo, continuo tentando entender esta dinâmica chamada necessidade - questiono sobre as necessidades serem fisiologia ou opção - critico o consumo do sexo - analiso e percebo o buraco vazio fundo grande onde estamos caindo infinitamente
é possível ainda assim acreditar que há sim infinitas também possibilidades de ocupar os dias meses horas anos detalhes de experiências diárias com preenchimentos prazerosos
porque é mundo é bom e é também mal
porque eu tenho obrigado o meu corpo físico a se adpatar a qualquer ambiente
a qualquer assunto a qualquer pessoa
e no fundo de mim mesma
busco esse lugar confortável chamado casa chamado lar chamado base chamado conforto
porque apesar de todos os
leveza é conquista
europa são paulo minas gerais de norte à sul bahia inteira intensa minas gerais são paulo minas gerais
vocês precisam compreender
que eu não tenho escolhido estar tão geograficamente presente em múltiplos lugares
que eu escolhi estar geograficamente em contato com tantas múltiplas personalidades
que eu escolho aceitar o labiríntico destino
tomei minhas asas invisíveis e tenho então me soltado neste mar/mundo
observando paisagens,
observando pessoas
observando comportamentos,
observando profundamente a mim mesma e as minhas passagens paisagens pessoas comportamentos,
todas essas eus dentro de mim que tem todos esses eus dentro de nós todas eu mesma
que é mineira europeia bahiana paulistana denovo mineira porque mineira sempre
porque mundana sempre, porque escolho aceitar os imprevistos,
porque tenho aceitado com toda a minha energia aceitar verdadeiramente todos os imprevistos,
porque é disso feita a nossa trajetória que apelidamos vida
porque não mandamos neste deus chamado destino
e apenas somamos como personagens.
amarguei o amor faz um tempo, continuo tentando entender esta dinâmica chamada necessidade - questiono sobre as necessidades serem fisiologia ou opção - critico o consumo do sexo - analiso e percebo o buraco vazio fundo grande onde estamos caindo infinitamente
é possível ainda assim acreditar que há sim infinitas também possibilidades de ocupar os dias meses horas anos detalhes de experiências diárias com preenchimentos prazerosos
porque é mundo é bom e é também mal
porque eu tenho obrigado o meu corpo físico a se adpatar a qualquer ambiente
a qualquer assunto a qualquer pessoa
e no fundo de mim mesma
busco esse lugar confortável chamado casa chamado lar chamado base chamado conforto
porque apesar de todos os
O sol já chegou há alguns dias e a semana foi basicamente ensolarada, e tranquila...
a tranquilidade de peceber o espaço entre as coisas, interiores e exteriores...
a confusão do mundo dos objetos me manteve meio distante .. metade da mudança já foi, a outra vai amanhã e eu vou descobrir que partes minhas tem ido, aos poucos,embora desse espaço físico do apartamento com a vista mais linda da cidade, dos lugares onde trabalho, das pessoas que encontro sempre, dos ambientes preferidos e da poesia da cidade grande com toda a sua pressa de ir pra lugar nenhum... estou sensível mas tranquila, sentindo a poesia nos poros das coisas e desse momento tão delicado.... te envio um trecho de Hilda do Tu não te moves de Ti :
"Absurdo,Rute,existires junto a mim, eu junto à empresa,a empresa no mundo,o mundo nesse todo,um espaço de buracos negros e redondos corpos,cintilâncias,negruras, uma extra-sístole outra vez e cada vez que me repenso e sempre que sofro sedução e emigro,disso sim eu gosto, de ser tomado, de ser seduzido como estou sendo agora pela vida. SEDUÇÃO. Imagine,arranco neste instante,olha como espeta a mão. Se eu falasse com a voz do mundo como falaria? Se eu falasse com a voz dos ancestrais,sangue,o sêmen do mundo em mim, a refulgência de uma nova voz? Noz vivosa na laringe de Tadeu,pomo de Adão enriquecido de contorsões e nódulos: nós,os daqui,os do outro lado,dimensão que não vês,te olhamos,Tadeu,duro arrebato:que sim. Te foi dado caminhar a razão,então caminha. Que sim. O reluzente da vida,o casco da tua barca,matéria arcoirizada,é que empresta qualidade às águas. Que sim..."
um beijo,
mariana.
(julho de 2012
(julho de 2012
Assinar:
Postagens (Atom)