vocês esperam que eu seja sempre muito coerente e bonita, mas eu estou mesmo cansada. estes estiramentos todos, vocês não estão cansados só de olhar? este é o resumo geral da semana: estamos todos cansados e vaidosos demais pra parar um pouco, sabe, respirar um pouco. acho que tem haver com o consumo, eu estou mesmo cansada desta grande necessidade absurda do consumo, e não digo só da matéria, eu falo de um consumo geral das substâncias, mesmo as que não palpamos ou não vemos. e aquilo que não vemos, muitas vezes não acessamos mesmo, porque estamos acostumados a consumir com os olhos, inclusive ou principalmente. e aí do consumo, o cansaço. e o cansaço deveria, em tese, ajudar a parar, mas quem consegue de fato enxergar além dos olhos? além dos desejos, daquilo que achamos que necessitamos? e aí me lembro que isto material que comanda o mundo é um algo mesmo muito vaidoso, e como tudo é muito mesmo osmótico, estamos todos vaidosos igual. e aí umbigo ganha tantos significados, mesmo quando num geral as coisas dentro da verdade delas, só possui um único, e depois que as verdades são farelos de recortes de percepções múltiplas e dentro disso tudo tão complexo e ao mesmo tempo tudo tão obviedades, que:
skinshape pros poros acordarem junto com as paredes, as plantas, os tacos, os livros. viver é resumir o tudo à um grande imenso incomensurável pulso.
credo sem cruz,
sábado, outubro 28, 2017
quinta-feira, outubro 26, 2017
quarta-feira, outubro 25, 2017
terça-feira, outubro 24, 2017
leite porque estou infantil. um sono profundo e infinito, com sonhos indecifráveis. olheiras são a última coisa que importa, apesar da indicação de que talvez elas estejam sim destacadas. hálito de cebola roxa, bafo gourmet. aula de lazer, ser humano máquina, cartão de crédito e aluguel pagos, um coração triste, apesar de esperançoso. terça-feira fria, viver é atingir a solidez das emoções.
segunda-feira, outubro 23, 2017
pequena fração confusa de estar viva:
acordei despertei levantei caminhei até a cozinha fogo pro café, abacate pro recheio, pão quando tá velho a gente aquece que fica mastigável, ação de me nutrir completa, passos até o sofá, cortinas escancaradas, telefonemas pra quem realmente importa, silêncio de volta, barulho de dentro, kurt cobain ou patti smith? segunda predominantemente nublada e a digestão geral do final de semana, as aulas remarcadas eu com a liberdade mais maquiada que alguém já escutou, e quem não? rolando as novidades do fora concluindo distrações, todas, nós, eu você eles distraídos e os sorrisos e os silêncios e os rostos e isso que assimilamos como persona e das personas os personagens meticulosamente elaborados para denovo, distraídos, continuarmos isso que chamamos de caminho que é místico, incontrolável e de nenhuma maneira, ensaiado.
quarta-feira, setembro 13, 2017
Quando foi domingo:
É hoje domingo de sol, acordei cedo mas só saí da cama depois das 10h, era dia de foto com Lari então eu vesti vermelho - a gente juntas sempre fala do que sangra. Gosto dela como algo mais que fraternal, algo feminino e adocicadamente humano, porque é como eu a descreveria. doce e humana, tão humana que quase real demais pra ser real. acho que porque ela é Aquário com ascendente em Gêmeos, assim como Gil que apesar de não tão fraterno, é também amor. Assim como Maria Eugênia que é apesar de mística, crítica e cínica, fraterna e amorosa. Eu acredito tanto na astrologia que chego a ficar cega, tipo como quem se entrega à fé, não deveria. Pois hoje é domingo de sol e tomamos café nessa padaria ordinária do Higienópolis, na rua dele que ironicamente ganha o nome de um Estado brasileiro nada rico como o bairro, se bem que fico aqui eu escrevendo e concomitante refletindo sobre riqueza e acabo por sempre concluir em como tudo é paradoxal, aí denovo me recordo de que hoje é mesmo domingo de sol e de manhã falei por vídeo com fer, que é de Áries e alivia tanto meu coração de leão ele ser tanto um signo de fogo quanto um amor familiar, sangue do sangue pode ser reconfortante. No fim, hoje é domingo e estou confiantemente de vermelho, fraterna, familiar, astrologicamente crente e solar.
Ele pedia repete, eu repetia c a d a g o t a, quero muito sentir
seu gosto, o pau ficava mais duro, eu sentindo com os dedos dos pés a firmeza e
meu olhar fixado na aura que a luz fazia nos seus cabelos enquanto você abria a
boca suspirando meio gemendo imaginando e eu por dentro séria por fora balbuciando o que mais te poderia excitar
e também dizia mas você não supre os meus desejos internos que vão além de
conclusões orgásticas e de que vale esse jorro todo esforço esse exagero todo
esse gasto? e ele respondia depois muito depois claro, depois do ato, aos 40 a
paixão muda de formato, eu ainda nem 30 sabia que isso nem existia e respirava
enquanto olhava o escuro do quarto, ele encaixado e ali tudo estado de presença
tão completude que meditação asana pranayama virava piada, você: minha
consciência alterada.
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